Novo período sazonal da Dengue 2024/2025 inicia com 487 casos e nenhum óbito
O novo período vai do dia 28 de julho de 2024 até julho de 2025.
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Cambará Notícias
Foto: Reprodução
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta terça-feira (20) o primeiro boletim epidemiológico da dengue que compreende o novo período sazonal da doença. De acordo com o informe da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental, foram registrados 487 novos casos de dengue e nenhum óbito. O Paraná contabiliza ainda 3.739 notificações, sendo que 2.403 casos estão em investigação.
O novo período vai do dia 28 de julho de 2024 até julho de 2025. A data exata do término do período dependerá da publicação do calendário epidemiológico do ano que vem.
Ao todo, 228 municípios já registraram notificações da doença que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 92 possuem casos confirmados.
O Paraná encerrou o período epidemiológico 23/24 da dengue com 595.732 casos confirmados e 610 mortes em decorrência da dengue. Londrina (40.552), Cascavel (32.338), Maringá (23.232), Apucarana (18.619) e Ponta Grossa (17.440) foram os municípios com mais casos confirmados no período epidemiológico anterior.
OUTRAS ARBOVIROSES
Chikungunya e Zika também são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e as informações sobre essas doenças constam no mesmo documento. Neste período houve o registro de 10 novos casos de Chikungunya e 32 notificações da doença no Estado. Não há casos notificados e nem confirmados de Zika vírus.
A Sesa reforça a importância da remoção de criadouros para a eliminação de qualquer local ou recipiente que possa acumular água.
O Paraná recebeu nesta quinta-feira (30), por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 359.900 testes rápidos para diagnóstico da dengue para ampliar a assistência na rede de atenção à saúde (unidades básicas e de urgência e emergência). A remessa faz parte de uma ação do Ministério da Saúde para apoiar o diagnóstico e auxiliar na identificação precoce dos casos.
De acordo com a Nota Técnica do governo federal, elaborada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, a recomendação de uso do teste rápido Dengue NS1 visa fornecer um apoio ao diagnóstico precoce da doença, especialmente no contexto assistencial.
Esse quantitativo será distribuído para as 22 Regionais de Saúde do Estado já nos próximos dias. O critério utilizado para a distribuição levou em conta o número de notificações de 2024 de cada regional.
“É uma ferramenta que auxilia a rede de saúde e otimiza a assistência e a vigilância epidemiológica no Estado. Eles chegam em boa hora, quando habitualmente o número de casos aumenta. Vale ressaltar que os demais cuidados devem ser mantidos e principalmente manter nossas casas e quintais livres de possíveis criadouros”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O Teste Rápido (TR) de dengue NS1 em cassete (sangue total/soro/plasma) é para detecção qualitativa de antígeno (substância estranha ao organismo que estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos) NS1 do vírus da dengue para auxiliar no diagnóstico de infecções da doença. Ele deve ser realizado até o quinto dia do início dos sintomas por meio de uma pequena amostra de sangue do paciente.
ENFRENTAMENTO
Há 10 dias o MS anunciou a distribuição de 6,5 milhões de testes rápidos aos estados. É a primeira vez que a pasta adota essa ação e reforçou que a medida será complementar às estratégias já existentes para controle do vetor, além da vacinação, e destacou a necessidade de os municípios seguirem os protocolos de coleta e envio de amostras para análise laboratorial.
Do total, estão sendo distribuídos 4,5 milhões de testes nesta primeira remessa e os outros dois milhões serão utilizados como estoque estratégico para atender as localidades que possam apresentar acréscimo no número de casos.
“Embora esse exame seja crucial para reconhecer infecções agudas por meio da identificação do antígeno NS1, é essencial que sua aplicação seja complementada por uma avaliação clínica abrangente, levando em conta as particularidades de cada situação e a necessidade de testes de confirmação extra, quando se fizer necessário”, explica a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes Maria Goretti.
No Estado, a dengue é diagnosticada de diferentes maneiras: critério clínico epidemiológico, exame laboratorial de sorologia ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) e exame de Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (RT-qPCR). O primeiro é feito pelos médicos no momento da consulta e os demais são coordenados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen-PR).
Fotos: Geraldo Bubniak/AEN, Albari Rosa/Arquivo AEN, José Fernando Ogura/Arquivo AEN e SESA
Os investimentos em equipamentos, ações voltadas para melhoria da infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a expansão de novas tecnologias estão entre os principais medidas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para aprimorar o atendimento prestado à população nos municípios. Além disso, foi reforçado o processo de educação permanente dos profissionais da área, por meio do programa PlanificaSUS – estratégia que possibilita reorganizar processos de trabalho das equipes das UBS para aprimorar o atendimento aos usuários do SUS.
“As ações e investimentos realizados neste ano fortalecem a regionalização dos atendimentos à saúde. É uma determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior que levemos o atendimento para mais perto da residência dos cidadãos e estamos nesse caminho, sempre melhorando a qualidade dos serviços”, enfatiza o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Em 2024, O Governo do Estado, por meio da Sesa, repassou aos municípios R$ 406,39 milhões para fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), porta de entrada preferencial do SUS. Os recursos foram direcionados à compra equipamentos, transporte sanitário, custeio e acesso aos serviços de saúde. Dados da secretaria estadual da Saúde mostram que de janeiro e até outubro de 2024 foram feitas mais de 48,7 milhões de visitas domiciliares e atendimentos individuais e odontológicos.
O resultado dos investimentos e do trabalho realizados pelas equipes da área da saúde faz parte de uma série de iniciativas e projetos desenvolvidos pelo Governo do Estado, executados pela Sesa, em conjunto com os municípios.
MELHORIAS
Somente para novos equipamentos, como ultrassom, detector de batimento fetal, itens odontológicos, geladeiras para vacinas para as unidades de saúde, o Estado repassou R$ 111,31 milhões aos municípios. Já para a aquisição de carros, vans e ônibus o montante foi de R$ 227,83 milhões.
O investimento em transporte sanitário é para uso das equipes de saúde da família para realizar atendimentos domiciliares e transporte dos usuários para a realização de consultas e exames especializados, tanto dentro como fora dos municípios.
Além desses recursos, a Sesa destinou mais R$ 52,24 milhões como incentivo financeiro de custeio para aproximadamente 300 municípios e, ainda, R$ 15 milhões para fortalecimento dos Atributos da Atenção Primária à Saúde (acesso, coordenação e integralidade do cuidado).
Os repasses têm como foco apoiar o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e promover a participação dos profissionais em capacitações, para garantir a qualificação constante e melhorar a qualidade do atendimento à população.
ATENDIMENTO À POPULAÇÃO
Os investimentos e capacitações possibilitaram a o avanço dos indicadores de saúde. Em 2024, a Atenção Primária à Saúde tem uma cobertura de 91,95% da população paranaense. São 628 postos e 2.096 unidades de saúde no Estado.
Dados da plataforma e-Gestor AB, do Ministério da Saúde, que dá acesso a várias informações no âmbito da APS, mostram que as equipes que atuam nos municípios paranaenses realizaram 20.452.589 visitas domiciliares, 25.471.642 atendimentos individuais e 2.805.365 atendimentos odontológicos.
“Os trabalhos desenvolvidos pela gestão estadual refletiram e tiveram destaque em várias áreas”, diz a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti Lopes. “Ainda temos muito trabalho pela frente e não pretendemos desacelerar. Nossas Linhas de Cuidado, os programas de fortalecimento e todo o trabalho integrado e organizado são fundamentais na Atenção Primária à Saúde”, afirma.
LIDERANÇA
O Paraná é líder no ranking nacional de realização de consultas pré-natal pelo SUS, segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do governo federal. Os dados do primeiro semestre de 2024 mostram que 87,4% das gestantes paranaenses passaram por sete consultas ou mais. Na sequência, estão Santa Catarina (83,2%), São Paulo (82,9%), Rio Grande do Sul (82,7%), Ceará (82,1%) e Minas Gerais (81,9%).
A cobertura vacinal, serviço também atribuído e realizado na APS, foi outro indicador que contribuiu com o desempenho paranaense no estudo nacional. O critério utilizado foi o número de doses de imunizantes aplicadas em relação à população-alvo, conforme dados constantes no Datasus.
VACINAÇÃO
O Estado criou uma força-tarefa conjunta com os municípios para aumentar a cobertura de vacinas que integram o calendário nacional. Em ação iniciada em 05 de agosto e estendida até 16 de setembro, foram aplicadas mais de 270 mil doses em estudantes das escolas estaduais e municipais e também de Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis). A iniciativa permitiu atualização carteirinhas e reforçou a proteção contra diversas doenças.
SAÚDE MENTAL
Um dos destaques deste ano é o investimento humano e financeiro no PlanificaSUS Paraná Mental na APS para o triênio 2024-2026 em Irati, no Campos Gerais e em 97 municípios da região Norte.
O programa está sendo desenvolvido com workshops, oficinas tutoriais em unidades da APS, da Atenção Ambulatorial Especializada (Ambulatórios e os Centros de Atenção Psicossocial). O PlanificaSus mental dá continuidade as demais etapas da planificação realizadas em outras regiões do Paraná, focando linhas materno-infantil, saúde da pessoa idosa e de cuidados de diabetes e hipertensão.
Correr, brincar, pular e viver uma infância plena é essencial para as crianças, mas a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, pode interromper esses momentos, comprometendo a saúde e o desenvolvimento. Neste 24 de outubro, Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância da imunização e da vigilância constante para garantir que o Estado permaneça livre da doença.
A poliomielite é uma infecção viral grave que pode causar paralisia flácida súbita, afetando principalmente crianças menores de 5 anos. A vacinação é a única forma eficaz de prevenção, pois não existe tratamento específico para a doença. O Paraná já está livre de casos de poliomielite há 38 anos, enquanto o Brasil não registra a circulação do vírus há 35, e as Américas, há 30 anos. No entanto, o combate continua uma prioridade global, dada a possibilidade de reintrodução do vírus em regiões como o Brasil.
O secretário de Estado da Saúde do Paraná, César Neves, destacou a importância de manter a imunização e a vigilância para proteger a população.
“Estamos comemorando quase quatro décadas sem poliomielite no Paraná, mas isso só foi possível graças ao compromisso da população em se vacinar. Nossa vigilância deve ser cada vez mais reforçada e nossa cobertura vacinal precisa aumentar, pois a reintrodução do vírus é uma ameaça real. A vacina é o único caminho para proteger nossas crianças”, ressaltou Neves.
VACINAÇÃO
De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), a partir de 4 de novembro as doses de reforço aos 15 meses de idade, anteriormente aplicadas com a vacina oral (VOPb), popularmente conhecida como “gotinha”, foi substituída pela vacina inativada (VIP), que é injetável.
Agora, o esquema vacinal consiste em quatro doses: a primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses, a terceira aos 6 meses e uma dose de reforço aos 15 meses. A dose de reforço aos 4 anos não será mais necessária, já que o esquema atual de quatro doses garante proteção adequada. Essa atualização foi feita com base em critérios epidemiológicos e recomendações internacionais.
A cobertura vacinal da VIP no Paraná em crianças menores de um ano foi de 80,75% em 2021, de 84,12% em 2022 e 91,80% em 2023, de acordo com dados do Painel de Cobertura Vacinal do Ministério da Saúde – a meta preconizada pelo MS é de 95%.
VIGILÂNCIA
Recentemente, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta após a detecção de poliovírus derivado vacinal tipo 3 em águas residuais na Guiana Francesa, na fronteira com o Amapá. Esse fato reforça a necessidade de intensificar as ações de vigilância no Brasil, especialmente na detecção, investigação e coleta rápida de todos os casos de Paralisia Flácida Aguda (PFA) em menores de 15 anos. A PFA, caracterizada pela paralisia súbita dos membros, pode ser um sinal de poliomielite e requer monitoramento contínuo.
No Paraná, a meta é a notificação de, no mínimo, 23 casos de PFA por ano em menores de 15 anos, já que trata-se de um dos sintomas da poliomielite. Após a notificação é realizado o exame de fezes e, com resultado negativo para o poliovirus na amostra, o caso é descartado. Isso garante a detecção precoce de uma possível circulação do vírus. Em 2024, o Estado já notificou 27 casos de paralisia flácida aguda. Esse monitoramento contínuo é essencial para uma resposta rápida e eficaz contra a paralisia infantil.
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Além disso, é importante monitorar viajantes que apresentem sintomas condizentes com poliomielite e que estiveram nos últimos 30 dias em áreas com circulação do vírus, como Afeganistão, Paquistão, algumas regiões da África e a Faixa de Gaza.
“A vacina está disponível gratuitamente em todos os 399 municípios paranaenses. Tanto a imunização quanto a vigilância contínua são fundamentais para que o Paraná permaneça livre da poliomielite, garantindo que as próximas gerações cresçam saudáveis e livres dessa grave ameaça,” ressaltou Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa.