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Laboratório reduziu análises de reagentes para lucrar, diz polícia

‘Houve uma falha de controle operacional na qualidade dos testes de HIV, tudo isso para obter lucro’, afirmou o secretário Felipe Curi.

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Fotos: Reprodução/ TV Globo

A fim de lucrar, o PCS Lab Saleme deliberadamente afrouxou o controle dos testes em órgãos para transplantes. A afirmação é do delegado Felipe Curi, secretário estadual da Polícia Civil do RJ, em coletiva sobre a Operação Verum.

Deflagrada nesta segunda-feira (14), a ação tentou prender 4 investigados no caso dos transplantes de órgãos infectados pelo HIV. Dois foram presos e dois eram procurados até o início da tarde.

“Houve uma falha de controle operacional na qualidade dos testes de HIV, tudo isso para obter lucro”, afirmou o secretário Felipe Curi.

Segundo as investigações, houve uma ordem para tornar menos frequente o controle de qualidade dos reagentes usados nas análises dos órgãos doados.

Seis pessoas que estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do RJ receberam tecidos infectados pelo vírus de 2 doadores e agora testaram positivo para o HIV.

Os policiais não deram detalhes de como o afrouxamento supostamente aumentou os lucros do laboratório nem esclareceram se há a possibilidade de nenhum teste ter sido realizado de fato.

O delegado André Neves, titular da Delegacia do Consumidor, destacou:

“Houve uma quebra do controle de qualidade, visando à maximização de lucro e deixando de lado a preservação e a segurança da saúde dos testes.”

“Os reagentes precisavam ser analisados sistematicamente, diariamente, e houve uma determinação, que estamos apurando, para que fosse diminuída essa fiscalização de forma semanal. E essa lacuna, você flexibiliza e aumenta a chance de ter algum efeito colateral — esse efeito devastador que nós estamos analisando”, descreveu.

Entenda a falha apontada pela polícia
. Por contrato, o PCS Lab Saleme deveria analisar o sangue de todo candidato a doador de órgãos.
. Para saber se o doador era soropositivo, uma amostra do sangue é exposta a um reagente.
. Mas esse reagente precisa ser submetido a um teste de qualidade antes de ser usado.
. A prova era feita diariamente no Saleme, mas, segundo as investigações, houve uma ordem para passar a fazer só semanalmente.
. De acordo com a polícia, isso abriu uma lacuna, que tornou maior a chance de um reagente ineficaz ser usado.

A Operação Verum
Até a última atualização desta reportagem, 2 homens tinham sido presos. Um deles é Walter Vieira, sócio do PCS Lab Saleme, ginecologista, responsável técnico do laboratório e signatário de um dos laudos errados. Vieira ainda é tio do deputado federal Doutor Luizinho (PP), que foi secretário de Saúde do RJ.

O segundo preso é Ivanilson Fernandes dos Santos, técnico de laboratório contratado pelo PCS para fazer análise clínica no material que chegava da Central Estadual de Transplantes.

Outro técnico que tinha a mesma função, Cleber de Oliveira dos Santos era procurado até a última atualização desta reportagem.

Outra procurada era Jacqueline Iris Bacellar de Assis, auxiliar administrativa que trabalhava no PCS Lab Saleme e cuja assinatura aparece em um dos laudos que atestaram que os doadores de órgãos não tinham HIV, não foi encontrada pela polícia.

Em entrevista à TV Globo, Jacqueline reconheceu que as rubricas nos documentos são suas, mas negou qualquer envolvimento no caso e disse que na hora que assinava os documentos não havia carimbo, nem registro de profissional, e que foi contratada para trabalhar no laboratório no setor administrativo.

Os alvos dos mandados de prisão são investigados por:
. crime contra as relações de consumo;
. associação criminosa;
. falsidade ideológica;
. falsificação de documento particular
. infração sanitária.

Os advogados que representam o laboratório PSC Lab Saleme informaram que os sócios da empresa “prestarão todos os esclarecimentos à Justiça”.

Na última sexta-feira, Doutor Luizinho afirmou em nota que lamenta o ocorrido e que deseja que os responsáveis pelos erros que causaram as infecções sejam punidos (veja a íntegra da nota mais abaixo).

Agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) também começaram a cumprir nesta segunda-feira 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

A sede do PCS Lab Saleme, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, teve de ser arrombada pelos policiais. O local estava interditado desde a semana passada.

O que diz o laboratório
Os advogados do laboratório PCS Lab Saleme divulgaram a nota abaixo:

“A defesa de Walter e Mateus Vieira, sócios do PCS Lab Saleme, repudia com veemência a suposta existência de um esquema criminoso para forjar laudos dentro do laboratório, uma empresa que atua no mercado há mais de 50 anos. Ambos prestarão todos os esclarecimentos à Justiça.”

O que diz o Doutor Luizinho
Na última sexta-feira (11), quando o caso veio à tona, o ex-secretário de Saúde Doutor Luizinho divulgou a nota abaixo:

“Conheço o Laboratório Saleme há mais de 30 anos, dirigido pelo Dr Montano e posteriormente por seu Filho Dr Valter Viera (casado com a irmã da minha mãe, Ana Paula) e suas irmãs. Lamento veementemente o ocorrido, desejando ao fim das investigações punição exemplar para os responsáveis por esses gravíssimos casos de infecção.

Enquanto Secretário de Estado de Saúde , mantive a mesma equipe do Programa Estadual de Transplantes da gestão anterior e jamais participei da contratação deste ou de qualquer outro Laboratório.

É muito triste como um dos maiores defensores do Transplantes no País, cuja minha vida pública está marcada pela ampliação do número de transplantes no Estado, ver casos graves como esse! Espero punição aos responsáveis, independente de quem for.”

Entenda o escândalo
Seis pessoas que estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) receberam órgãos infectados pelo HIV de dois doadores e agora testaram positivo para o vírus.

Segundo o governo do estado, o erro foi em dois exames do PCS Lab Saleme, que liberou órgãos de dois doadores que tinham HIV para a fila dos transplantes:

Em janeiro, a família de um homem autorizou a remoção do coração, dos rins, das córneas e do fígado. O receptor do coração e as duas pessoas que receberam um rim cada testaram positivo para o vírus. Quem ganhou a córnea não foi infectado, e o destinatário do fígado morreu logo após a cirurgia.

Em maio, parentes de uma mulher doaram o fígado e os rins, e os três receptores testaram positivo.

A unidade privada foi contratada pela SES-RJ em dezembro do ano passado, em um processo de licitação via pregão eletrônico no valor de R$ 11 milhões, para fazer a sorologia de órgãos doados.

Fonte: https://g1.globo.com/rj/

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Quatro pessoas morrem em acidente no Paraná envolvendo carro de prefeitura

Batida aconteceu em Tuneiras do Oeste e envolveu três carros e uma carreta. Mãe e filha estão entre vítimas.

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Fotos: PRF

Quatro pessoas morreram em um acidente envolvendo quatro veículos em Tuneiras do Oeste, no noroeste do Paraná. Duas vítimas – que são mãe e filha – estavam em um carro com identificação da Secretaria Municipal de Saúde de Maria Helena, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A colisão aconteceu na noite desta quinta-feira (8), na BR-487. Segundo o relatório da PRF, dois carros bateram na pista. Em seguida, a carreta atingiu ambos, sendo que um deles ainda bateu contra outro automóvel que parou para sinalizar.

De acordo com a PRF, a carreta seguiu viagem e parou na PR-323. O condutor foi encaminhado à delegacia de Umuarama quando voltou ao acidente.

Três pessoas estavam no carro do município de Maria Helena. Rosalice Felipe dos Santos, de 54 anos, e Patrícia Felipe dos Santos, de 34 – mãe e filha – morreram no local.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros socorreram o motorista de 46 anos. O município de Maria Helena informou que ele está hospitalizado.

Em outro veículo, estavam as vítimas Vando Rodrigues da Cruz, 39 anos, e Fábio Soares das Neves, 44.

O motorista de 40 anos do terceiro automóvel também foi encaminhado a um hospital da região.

A pista ficou bloqueada por aproximadamente cinco horas, e foi liberada na madrugada desta sexta-feira (9).

Fonte: https://g1.globo.com/

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PRF apreende mais de 100 quilos de maconha dentro de portas de madeira no Paraná

Cães de faro descobriram a droga dentro de 30 portas que eram transportadas; motorista foi preso.

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Foto: Divulgação

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, na manhã desta quinta-feira (17), mais de 120 quilos de maconha que estavam escondidos dentro de portas transportadas em um furgão. A apreensão ocorreu no quilômetro 139 da BR-277, em Balsa Nova, região metropolitana de Curitiba.

A equipe abordou um motorista de um Fiorino, com placas de São Paulo, que estaria se deslocando de Cascavel (PR) em direção à capital paranaense. Por volta das 7h20, o veículo foi localizado e abordado. O condutor, um homem de 33 anos, apresentou nervosismo incomum e não soube explicar com clareza o motivo da viagem, alegando estar transportando portas para entrega em Curitiba.

Com o apoio de cães farejadores, os policiais realizaram uma fiscalização minuciosa no compartimento de carga. Os cães indicaram a presença de drogas nas portas, e, ao serem abertas, foram encontrados 124,58 quilos de maconha ocultos no interior das 30 unidades.

O homem recebeu voz de prisão no local e foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Civil de Campo Largo, junto com o veículo, a carga e um aparelho celular apreendido. A ocorrência foi registrada como tráfico de drogas.

Fonte: https://www.gov.br/prf

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Polícias do Paraná desarticulam quadrilha especializada em roubos a bancos e carros-fortes

Ação ocorreu simultaneamente em Foz do Iguaçu e Matinhos, no Litoral do Estado.

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Fotos: SESP

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Militar do Paraná (PMPR) deflagraram, nesta quinta-feira (17), a segunda fase da Operação Integrare, dando continuidade à desarticulação de uma organização criminosa especializada em roubos a bancos e a carros-fortes. A ação ocorreu simultaneamente em Foz do Iguaçu e Matinhos, no Litoral do Estado.

Foram cumpridos um mandado de prisão e três mandados de busca e apreensão. Um homem foi preso em Foz do Iguaçu e foram apreendidos celulares e R$ 32,3 mil em espécie. O alvo é suspeito de integrar o grupo envolvido na tentativa de roubo de grandes proporções frustrada em janeiro deste ano, em Ponta Grossa. Ele também é investigado por participação no roubo à agência da Caixa Econômica Federal em Itaperuçu, em setembro de 2024.

Para o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, a atuação conjunta entre as instituições tem sido decisiva no enfrentamento ao crime organizado “Estamos diante de mais um exemplo da eficiência da integração entre as forças policiais. Essa união estratégica permite respostas rápidas, investigações sólidas e ações cirúrgicas contra o crime organizado”, afirmou.

As investigações foram conduzidas de forma integrada pelos setores de inteligência das duas instituições. Participaram da nova fase da operação os grupos TIGRE e Fera, especializado em combate ao tráfico de drogas e pertencente à Divisão Estadual de Narcóticas (Denarc), da PCPR.

Pela Polícia Militar o Comando de Operações Especiais (COE) com o Batalhão Operações Policiais Especiais (Bope), o Batalhão de Polícias de Rondas Ostensivas, Companhia de Operação dom Cães e Diretoria de Inteligência.

O delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach, destacou o trabalho contínuo da Polícia Civil para avançar nas investigações e identificar todos os envolvidos. “A cooperação entre as instituições foi essencial para chegar a esse resultado. Seguiremos firmes no compromisso de desarticular quadrilhas perigosas e impedir que crimes de grande impacto sejam executados”, disse.

A primeira fase da operação foi deflagrada em 17 de janeiro deste ano, quando o grupo foi localizado em uma chácara na região de Ponta Grossa. Na ocasião, houve confronto armado que resultou na morte de seis suspeitos. As equipes apreenderam sete fuzis, uma metralhadora .50 — armamento de uso militar —, munições, coletes balísticos, explosivos e um veículo blindado clonado.

O comandante-geral da PMPR, coronel Jefferson Silva, ressaltou a importância da ação integrada e da resposta preventiva das forças de segurança. “Essa operação demonstra a capacidade das polícias do Paraná em agir de forma coordenada e eficiente. O trabalho preventivo e a resposta imediata são fundamentais para proteger a população e garantir a ordem pública”, declarou.

O nome da operação reforça a integração entre as forças de segurança pública do Estado. As duas fases da Integrare demonstram o comprometimento do Paraná com uma atuação articulada, técnica e eficaz no combate ao crime organizado.

Fonte: https://www.aen.pr.gov.br/

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