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Entre escorregões, quedas e dúvidas na arbitragem, novo piso da Superliga gera debate

Em acordo com principal patrocinador, CBV trocou quadras de todos os clubes da Superliga, mas viu escolha de cores e aderência do material se tornar alvo de atletas e torcedores.

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Fotos: Divulgação/CBV e Célio Messias/Inovafoto/CBV

O primeiro impacto foi estético. A nova pintura, em amarelo e azul, causou um estranhamento inicial, mas também rendeu elogios. Quando a bola subiu, porém, uma das novidades para a temporada virou motivo de debate no vôlei nacional. Em Saquarema, para a disputa do Super Vôlei feminino, a nova quadra foi alvo de críticas. Em meio a escorregões e quedas, a qualidade do piso foi posta em dúvida, e, nas redes sociais, torcedores passaram a alertar para o risco à integridade física dos atletas. A situação voltou a se repetir na rodada de abertura da Superliga feminina, nesta semana.

A Confederação Brasileira de Vôlei viu na mudança de quadra para a nova temporada uma chance de agradar ao Banco do Brasil, seu principal patrocinador, e renovar os pisos de todas as equipes da elite. A Recoma, fornecedora no Brasil da marca chinesa Enlio, foi a responsável pela mudança de todos os 24 times da Superliga Masculina e Feminina. Com o novo fornecedor, também estimulado por um melhor acordo financeiro, a CBV passou a adotar as cores do banco na nova quadra.

O principal debate é quanto à aderência do novo piso. A situação é mais grave em cidades próximas ao mar, como é o caso de Saquarema, local onde foi disputado o Super Vôlei, e do Rio de Janeiro, sede de Sesc-Flamengo e Fluminense. Por conta da alta umidade, o piso se torna mais escorregadio, causando quedas durante os jogos. Na partida entre Flamengo e Brasília, por exemplo, o time da casa precisou jogar pó de magnésio na quadra para aumentar a aderência.

Incidentes, porém, também ocorreram em ginásios longe do litoral. O motivo apontado foi outro: atletas e responsáveis pela secagem da quadra têm dificuldade para enxergar onde está molhado por conta da cor amarela. Além disso, como o piso é novo, em locais mais secos, ocorre o inverso: os jogadores têm problemas para deslizar na quadra ao tentar defender uma bola, por exemplo.

Até o momento, não houve nenhuma lesão causada por quedas no novo piso. Há casos, porém, de escorregões, como de Lorenne e Sabrina, do Sesc-Flamengo, e de Gabi Cândido, do Osasco.

“O que eu consegui observar, pelas quadras, tanto a antiga quanto a nova, de acordo com o clima, aqui no Rio é muito propenso a ter maresia, a um clima ser mais úmido. A quadra fica muito escorregadia, muito mesmo, a ponto de ter de jogar pó. Isso ficou bastante evidente no Super Vôlei, em Saquarema, um lugar muito úmido. As portas ficaram fechadas e ficou muito escorregadio no piso novo. E o agravante do piso novo é que as cores não facilitam ver (pontos onde está molhado). E traz uma insegurança porque não conseguimos visualizar onde está molhado e acabamos escorregando”, afirma a central Juciely, do Sesc-Flamengo.

“O fato do suor, de você não saber onde está pisando, escorregar e cair, isso é muito chato. Você está com sua atenção voltada para a bola, para o que você precisa fazer, aí precisa olhar onde está pisando para não escorregar. No Super Vôlei isso deu uma assustada, você fica receosa de jogar e estar preocupada com tantas coisas ao redor. Mas é uma dificuldade para todo mundo, e que vamos ter que passar por cima e saber lidar”, afirmou Carol, central do Praia Clube, durante a gravação do podcast do ge Jornada das Estrelas.

As linhas de demarcação são outro alvo. A linha branca sobre a cor amarela também dificulta a visualização. Durante as partidas, jogadores e arbitragem têm tido dificuldades para definir lances de bola dentro ou fora por conta disso. Durante esta semana, CBV e Recoma se reuniram com os clubes para discutir possíveis mudanças.

“De fato, não ficou bom. O branco sobre o amarelo dificulta a visualização. Tem sido uma reclamação das atletas, dos árbitros e do público em geral, que acompanha os jogos pela televisão. Eu concordo que não ficou bom. Não sei se há caminho para uma adaptação da linha, utilizando uma outra cor que não fira o regulamento e que não fira as entregas que sejam feitas aos patrocinadores”, afirmou Harry Bollmann, supervisor do Sesc-Flamengo.

“A gente tem algumas meninas que suam muito, sinceramente, não sei se essa quadra foi testada por jogadores de vôlei. Não só para a gente, mas os árbitros estão um pouco perdidos. Aquela linha branca, em cima da cor amarela, a dúvida acontece sempre. Acho que prejudicou um pouco as jogadoras, mas os árbitros também estão tendo dificuldades para ver lances de dentro ou fora, se alguém pisou na linha e eles estão acionando muito mais o vídeo para tirar dúvidas”, avaliou a central Walewska, do Praia Clube, também em entrevista ao podcast “Jornada das Estrelas”.

Linhas brancas: quadra na Gávea foi coberta de pó de magnésio para evitar acidentes — Foto: Reprodução

A posição da CBV e da fornecedora
O piso da marca Enlio foi o mesmo usado nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, e nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no ano passado. A CBV também ressalta que o fabricante é credenciado pela Federação Internacional de Vôlei, a FIVB. Em nota enviada ao ge, a entidade tratou os problemas das últimas partidas como algo isolado, mas confirmou as conversas com o fornecedor.

– O problema em Saquarema (RJ) aconteceu em razão da maresia porque o Centro de Desenvolvimento do Voleibol fica muito próximo do mar. Tanto é que o nosso pessoal resolveu a questão prontamente. Houve problemas nos jogos no Rio de Janeiro, e a empresa responsável pelos pisos está vindo hoje à cidade para fazer uma avaliação in loco. Monitoramos a utilização do piso na prática. Lembramos que este foi o piso oficial dos Jogos Pan-Americanos de Lima e o mesmo é homologado pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) com todos os testes de qualidade feitos em laboratórios no exterior. Tomamos todo o cuidado em adquirir um material que fosse reconhecido pela FIVB e estamos em um processo de análise em cada um dos lugares.

Responsável pela importação e pelo fornecimento dos pisos, a Recoma afirma que o excesso de incidentes também pode ter sido causado por erros no processo de secagem do piso antes e durante os jogos. Sérgio Schildt, presidente da empresa, diz que os clubes precisam seguir um protocolo de manutenção das quadras antes das partidas, principalmente em regiões mais úmidas, como o Rio de Janeiro.

– O que a gente recomenda é que o piso seja seco. Onde a condensação for maior, é preciso secar o piso. Se não secar, pode ser em qualquer superfície, vai aumentar o deslizamento. Nas Olimpíadas, a fornecedora de pisos tinha máquinas de limpeza, essas que limpam o chão de mercados e shoppings. Eles faziam limpezas diárias, e a máquina retira essa bruma que fica em cima do piso. Se o piso estiver seco, terá o grip (aderência) normal, sem deslizamento. O normal em esporte de rendimento em todo o mundo é que o esporte seja praticado em ginásios com condições controladas, com ar-condicionado e umidade controlada. O grip da quadra é o aprovado nas normas da FIVB.

– É um equilíbrio tênue entre deslizamento e aderência. Em locais com baixa umidade do ar, que pode estar a 14%, onde não deveria nem haver jogo, a umidade é tão baixa que o grip aumenta. O problema não é do piso, é do ambiente – afirmou Schildt.

O empresário afirma que o uso do pó de magnésio, como na partida do Sesc-Flamengo, só é indicado em casos extremos.

– Os atletas da ginástica, por exemplo, usam o pó de magnésio para secar o suor. Se for utilizado (nas partidas), aumenta demais o grip, diminui demais o deslizamento. A gente recomenda soluções como essa em lugares muito úmidos, mas que seja aplicado de maneira uniforme.

Schildt também afirma que as linhas de marcação usadas nas quadras não fazem parte do acordo de fornecimento com a CBV. Mas lembra que a troca do material é feita a cada partida, facilitando uma possível mudança de cor.

– As linhas são o amendoim da questão. Custam centavos. Nosso contrato é só de fornecimento do piso. Por uma regra da CBV, são brancas. Nada impede que se escolha uma outra cor. Isso não custa nada. (Clubes e CBV) estão estudando e discutindo isso internamente.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/

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Pro Tork acelera no Sportbay Catarinense

Equipe parte confiante para a disputa que acontece neste fim de semana.

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Foto: Reprodução

A Pro Tork Racing Team parte confiante para a quarta etapa do Sportbay Catarinense de Velocross 2023, que acontece neste fim de semana, dias 1 e 2 de julho, na pista do Parque Ribeirão das Pedras, localizada na cidade de Indaial. Após três etapas disputadas, a competição entra na segunda metade da temporada e promete fortes emoções.

Os destaques da equipe são os atletas: Marcio Lago – primeiro colocado na categoria VX4 Especial; terceiro na Over, quarto na VX4 Nacional e na VX3 Especial; Cristian da Cruz – primeiro na Intermediária Nacional e quarto na Nacional 250cc Pró; Fernando Simões – líder na Nacional 250 Standart; e Luan Gabriel – líder na 65cc.

A programação tem início no sábado com os treinos livres a partir das 10h30 e as primeiras corridas às 16h. Já no domingo é retomada às 8h com mais treinos, seguidos pelo restante das provas às 11h. O ingresso custa R$ 20 e estará disponível na bilheteria local. Quem não puder torcer de perto, consegue acompanhar a transmissão ao vivo através do canal da FCM no YouTube.

Serviço: Campeonato Sportbay Catarinense de Velocross

Etapa: 4

Quando: Neste fim de semana, dias 1 e 2

Onde: Parque Ribeirão das Pedras – Indaial

Inscrição: www.eventos.sportbay.com.br

Transmissão: https://www.youtube.com/channel/UCaKdkTWWwPKTS2JZQbnKbgA

Ingresso: R$ 20

Fonte: https://npdiario.com.br/

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Marlon Bonilha vence em sua ESTREIA no Brasileiro de Big Trail

Piloto Pro Tork / KTM Sportbay Racing Team foi o destaque da abertura.

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Fotos: Reprodução

Marlon Bonilha foi o grande destaque da abertura do Campeonato Brasileiro de Big Trail, realizada nesta sexta-feira e sábado, dias 21 e 22, junto ao King Off The Jungle (Rei da Floresta, na tradução em Português) , em Poços de Caldas, Minas Gerais.

O piloto Pro Tork / KTM Sportbay Racing Team venceu a categoria principal, Heavy Pro.

Na sexta-feira, os competidores encararam o prólogo em uma pedreira desativada, com quatro voltas de oito quilômetros.

O desafio definiu a ordem de largada para a prova principal deste sábado, que contou com cinco voltas de cinco quilômetros. Ambas exigiram muita técnica.

“Consegui vencer os dois dias com a KTM 1290 Adventure R; a motocicleta é fantástica, com suspensão e ciclística perfeitas. O desafio foi imenso, com muitas subidas e descidas, pedras soltas, enfim. Fiquei feliz por estar entre amigos e por ter um bom desempenho”, explicou.

A Pro Tork / KTM Sportbay Racing Team contou ainda com outros dois pilotos. José Américo subiu ao lugar mais alto do pódio na classe Big Pro, ao somar um primeiro e outro terceiro lugares. Já Andreia Pasa foi a segunda colocada na Feminina Big, com dois segundos lugares.

O Campeonato Brasileiro de Big Trail tem sua próxima etapa programada para acontecer no dia 24 de junho, durante o Night Track, em Interlagos, São Paulo (SP). A equipe é presença confirmada no desafio e espera seguir somando pontos importantes em busca dos títulos da primeira temporada nacional da modalidade.

Fonte: https://npdiario.com.br/

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Paraná é destaque no brasileiro escolar de atletismo: campeão no masculino e vice no feminino

As gêmeas Ana e Helena Mees, de 17 anos, conquistaram o primeiro lugar nos 1.500 e 3.000 metros.

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Fotos: Ana e Helena/Arquivo pessoal e SEES

Estudantes paranaenses subiram ao pódio do Campeonato Brasileiro Escolar de Atletismo, realizado pela Confederação Brasileira de Desporto Escolar, nesta semana, em Brasília. O Paraná se sagrou campeão geral no masculino, com 68 pontos, seguido de São Paulo (63) e Santa Catarina (61). No feminino, as paranaenses ficaram com o vice-campeonato, somando 77 pontos, atrás apenas de São Paulo (96). A competição aconteceu de segunda a quinta-feira (20 a 23).

A Federação do Desporto Escolar do Paraná (FDE-PR), em parceria com a Secretaria do Esporte do Paraná, enviou uma delegação de 12 atletas, de 10 escolas públicas e duas particulares. A competição faz parte da seletiva para o Mundial Escolar, a ser disputado em agosto, no Rio de Janeiro.

Chamou a atenção na competição o desempenho das gêmeas Ana e Helena Mees, de 17 anos, que conquistaram medalhas de ouro. Helena correu os 1.500 metros em 4 minutos e 40 segundos. Ana completou os 3.000 metros em 10 minutos e 38 segundos.“Foi uma experiência muito especial, com vários estados diferentes competindo”, disse Ana. “Tivemos o incentivo de todos, a interação foi muito importante”, complementou Helena.

Alunas do último ano do ensino médio do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, elas venceram as provas de meio fundo do torneio nacional pelo segundo ano consecutivo. Ana foi bolsista do programa Geração Olímpica e Paralímpica, do Governo do Estado, em 2022, e Helena, em 2020 e 2022. O programa contempla técnicos e atletas de todos os níveis com bolsas financiadas pela Copel para apoiá-los em suas atividades e, também, descobrir novos talentos.

Rayssa Ramos, medalhista de ouro no lançamento de disco, aprovou a experiência e o nível das provas. “Ontem fiz uma boa marca na prova do lançamento do disco, conquistei a medalha de ouro e pontos para nossa delegação. A competição foi incrível”, disse.

As provas foram aplicadas na Divisão de Educação Física do Comando Militar do Planalto, na Divisão de Educação Física, e contaram com 324 participantes de todos os estados e do Distrito Federal. Cada atleta participou de, no máximo, duas provas individuais, combinando entre corridas, saltos, arremessos e lançamentos. No total, mais de 550 pessoas participaram, incluindo técnicos, dirigentes e árbitros.

RESULTADO – O resultado das competições de atletismo leva em conta o nível técnico das equipes e atletas no decorrer das disputas, sendo posicionados de acordo com o desempenho nas etapas, em séries ouro, prata e bronze. Esse método permite que a disputa final se dê entre equipes de níveis técnicos iguais.

Confira os medalhistas paranaenses:

Série Ouro

Medalhas de ouro:

3000 metros – Ana Mees

1500 metros – Helena Mees

Lançamento de disco – Rayssa Ramos

Lançamento de martelo – Kimberly de Souza

400 metros com barreiras – Amanda Miranda

400 metros com barreiras – Ruan Miguel

Salto Triplo – Eric Guedes

Medalhas de prata:

Lançamento de martelo – Jorge Cordeiro

200 metros – Mateus Geronimo

Salto Triplo – Ana Corassini

Medalha de bronze:

Salto em Altura – Gabriel Tavares

Série Prata

Medalhas de ouro:

100 metros com barreiras – Gabriel Tavares

Medalhas de prata:

Salto em distância – Mateus Geronimo

Medalhas de bronze:

Salto em distância – Ruan Miguel

Lançamento de disco – Ana Mees

Série Bronze

Medalhas de bronze:

Salto em distância – Amanda Miranda

Fonte: https://www.aen.pr.gov.br/

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