Com crescimento de 77% em 2024, Paraná ocupa segundo lugar nas exportações de milho
Em relação à receita, foram gerados US$ 267,1 milhões, ou R$ 1,5 bilhão.
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Cambará Notícias
Fotos: Claudio Neves/Portos do Paraná, Gilson Abreu/Arquivo AEN e Jaelson Lucas / Arquivo AEN
As exportações de milho no Paraná alcançaram 1,18 milhão de toneladas nos primeiros quatro meses do ano, um aumento de 77% em relação ao mesmo período do ano passado, em que o Estado registrou 668,4 mil toneladas segundo dados do Agrostat/Mapa.
Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 8 a 14 de maio preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Em relação à receita, foram gerados US$ 267,1 milhões, ou R$ 1,5 bilhão. O aumento foi de 81% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2024, de US$ 147,9 milhões. Isso por conta do aumento no volume embarcado e pelos preços melhores.
Por outro lado, a exportação nacional registrou 6,07 milhões de toneladas no mesmo período, uma queda de 14% em relação aos primeiros quatro meses do ano passado, que foi de 7,07 milhões.
O analista do Deral, Edmar Gervásio, destaca o crescimento do Estado no âmbito nacional de exportações da cultura. “De janeiro a abril de 2024 o Paraná encontrava-se em terceiro lugar do ranking nacional em exportação de milho. No mesmo período deste ano o Estado se consolidou como segundo lugar, ficando atrás apenas do Mato Grosso” disse.
O Irã foi o principal destino do milho paranaense durante o período, que importou 52% do volume total exportado pelo Paraná, seguido do Egito com 12,8% e Turquia com 11,3%.
FRANGO
O abate de frangos no Brasil somou 1,63 bilhão de cabeças no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE, um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024. Também houve alta de 0,9% na comparação com o último trimestre do ano passado. A produção de carne acompanhou esse movimento, alcançando 3,45 milhões de toneladas no período. Neste cenário, o Paraná manteve a liderança nacional. No acumulado do ano de 2024 o Paraná respondeu por 34,2% do abate e 34,9% da carne de frango produzida. O Estado teve crescimento de 2,5% no número de abates e de 3,1% no volume produzido em relação a 2023.
SUÍNOS
Com dados do Agrostat/Mapa o documento mostra que o Paraná estabeleceu um novo recorde mensal de exportação de carne suína, em que foram exportadas 21,2 mil toneladas, ou 25,5% a mais que abril de 2024, que foram registradas 4,3 mil toneladas, e 9,3% a mais que o mês de março deste ano, onde foram exportadas 1,8 mil toneladas.
Além disso, as perspectivas são positivas para os próximos meses, já que o segundo semestre é caracterizado historicamente pelo aumento de volume exportado, reforçando as chances de novos recordes ainda em 2025.
OVOS
No primeiro trimestre do ano o Paraná ficou em segundo lugar no ranking nacional de produção de ovos, segundo dados das Pesquisas Trimestrais da Pecuária, do IBGE. A produção do Estado no período foi de 459,1 milhões de dúzias produzidas (9,8% do total nacional), volume 5,5% maior que os três primeiros meses de 2024.
No âmbito de exportação, o Paraná foi o 4º no ranking nacional do primeiro quadrimestre do ano, onde exportou 2.454 toneladas que gerou uma receita de US$ 11,7 milhões, números menores em volume (-32,5%) e receita (-20,4%) em relação ao mesmo período de 2024.
CANA-DE-AÇÚCAR
Em 2025 a área destinada da cana-de-açúcar é projetada em 507 mil hectares, 1% superior à de 2024 (501 mil hectares) e, como consequência, o Estado deve colher uma safra maior da cultura neste ano, uma expectativa de 36,7 milhões de toneladas. As colheitas iniciaram em março e cerca de 8% já foram colhidos.
PITAIA
Pelo terceiro ano acompanhando a produção de pitaia, que está presente em 126 municípios do Estado, em 2023 o Deral registrou que o Paraná produziu 3,2 mil toneladas em uma área de 273 hectares, resultando em um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 27,5 milhões.
O boletim destaca a aproximação do IV Simpósio Brasileiro e II Encontro Paranaense das Pitaias, que reunirão entre 21 e 23 de maio, em Maringá, produtores, associações e cooperativas, pesquisadores, extensionistas rurais e empresas interessados na produção da fruta.
TANGERINA
O Paraná é o 4º no ranking brasileiro de produção de tangerina, tendo produzido, em 2023, 94,5 mil toneladas da fruta em uma área de 7,1 mil hectares. Isso representa uma queda de 11,3% da área e 22% de volume entre 2014 e 2023.
A safra atual encontra-se no início da colheita e tem expectativas superiores à safra passada. As boas condições climáticas contribuíram para a antecipação da maturação e a inversão de ácidos em açúcares das frutas. Os produtores também podem se animar com a aproximação da 57ª Festa Nacional da Ponkan, entre 06 a 08 de junho, em Cerro Azul (RMC), a Capital Nacional do Cítrico.
A partir desta terça-feira (24), a conta de energia elétrica vai ficar mais cara para os moradores do Paraná. Veja abaixo o que muda.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou o reajuste tarifário anual da Companhia Paranaense de Energia (Copel), com percentuais que variam conforme o perfil de consumo de cada cliente.
Segundo a Copel, o aumento considera dois blocos principais de custos, chamados de parcelas A e B.
Dentro dessas parcelas há custos operacionais, como compra e distribuição de energia, além de encargos setoriais.
Veja o que muda
Para casas, pequenos comércios, algumas unidades rurais, consideradas unidades de baixa tensão, a média desse reajuste na conta de luz é de 1,55%
Para as unidades de alta tensão, que são as indústrias, o aumento é de 2,99%.
Sendo assim, o reajuste médio para o consumidor é de 2,02%.
Mais de 79 mil explorações pecuárias atualizaram o cadastro na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) no primeiro mês da Campanha de Atualização de Rebanhos. De um total superior a 184 mil explorações pecuárias no Estado, a campanha encerra o mês de maio com 43,4% das propriedades regularizadas. Os produtores têm até o dia 30 de junho para realizar a atualização junto à Adapar.
Os dados de cada região são organizados conforme as 23 áreas de abrangência dos Escritórios Regionais da Adapar. A regional de Toledo se destacou, completando mais de 66% das atualizações, com 7.482 propriedades cadastradas. Na sequência, aparecem as regionais de Ivaiporã, com 2.695 explorações – 49% do total, e Cianorte, com 2.070 propriedades atualizadas, também com valor próximo de 49%.
Por outro lado, algumas regionais apresentaram índices mais baixos. Em Paranaguá, das 443 propriedades cadastradas, apenas 95 realizaram a atualização, o que representa pouco mais de 21%. Em Curitiba, 28% das explorações foram regularizadas; de um total de 10.819, mais de 7 mil ainda precisam atualizar os dados. Na regional de União da Vitória, o índice de atualização é de 37%, restando mais de 3 mil propriedades das 5.408 existentes.
ALERTA PARA OS PRAZOS
Com o fechamento do primeiro mês da campanha, o chefe do Departamento de Saúde Animal (DESA) da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, faz um alerta aos produtores: “É fundamental que os produtores não deixem para a última hora a atualização do seu rebanho na Adapar. A atualização é obrigatória e garante a regularidade das atividades pecuárias no Estado”.
Ele reforça ainda que o não cumprimento da obrigação impede a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento essencial para a movimentação de animais entre propriedades e para o abate nos frigoríficos. A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas.
COMO FAZER
Os produtores podem fazer a atualização pelo aplicativo Paraná Agro, pelo site da Adapar ou presencialmente em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município (prefeituras).
O acesso ao sistema também está disponível de forma direta por meio deste LINK. Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial (correção de e-mail ou outra informação), o telefone para contato é (41) 3200-5007.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios, publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira (9) as demonstrações financeiras referentes ao ano de 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões. Além disso, auditoria independente ressalvou dados contábeis da empresa.
O déficit em 2024 é quatro vezes maior do que o registrado no ano anterior, quando o prejuízo registrado foi de R$ 597 milhões. Na apresentação deste ano, os Correios reajustaram os dados de 2023 para melhor representar as normas contábeis e, assim, o resultado final do ano anterior acabou subindo para R$ 633 milhões.
Esta é a primeira vez, desde 2016 que os Correios apresentam um prejuízo bilionário em suas operações. À época, a empresa teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão (R$ 2,3 bilhões em valores atualizados).
Entre as justificativas dadas pela empresa para o resultado negativo, está o fato de que apenas 15% das 10.638 unidades de atendimento terem superávit – quando as receitas são maiores do que as despesas.
“Ainda que 85% das unidades sejam consideradas deficitárias, os Correios garantem o acesso universal de todas e todos aos serviços postais, com tarifas justas, em cada um dos 5.567 municípios atendidos”, ponderou os Correios.
Por outro lado, a empresa também justificou que houve um investimento de R$ 830 milhões ao longo de 2024, totalizando R$ 1,6 bilhões desde que a nova gestão assumiu.
Nos últimos dois anos foram R$ 698 milhões na aquisição de novos veículos e outros R$ 600 milhões gastos em manutenção da infraestrutura operacional da empresa.
Parte dos veículos adquiridos faz parte do plano estratégico da empresa de 5 anos para transição ecológica de suas atividades. Desta forma, apenas em 2024 foram adquiridos:
50 furgões elétricos;
3.996 bicicletas cargo com baú; e 2.306 bicicletas elétricas.
A empresa ainda comprou 1.502 veículos para renovar a frota já existente.
Apesar do prejuízo em 2024, a empresa reafirmou que manterá sua estratégia de investimentos que ampliem “soluções tecnológicas” e reduzam o impacto no meio ambiente.
“A sustentabilidade continuará a ser tema central em nosso dia a dia. Esperamos evoluir ainda mais em nossos propósitos de caráter social e ambiental”, afirmou a empresa.