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Ataque à Pearl Harbor completa hoje 83 anos

Foi uma operação aeronaval de ataque à base norte-americana de Pearl Harbor, efetuada pela Marinha Imperial Japonesa na manhã de 7 de dezembro de 1941.

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Fotos: Reprodução Acervo do National Archives and Records Administration

O ataque em Pearl Harbor, na ilha de Oahu, Havaí, foi executado de surpresa contra a frota do Pacífico da Marinha dos Estados Unidos da América e as suas forças de defesa, o corpo aéreo do exército americano e a força aérea da Marinha.

Foi uma operação aeronaval de ataque à base norte-americana de Pearl Harbor, efetuada pela Marinha Imperial Japonesa na manhã de 7 de Dezembro de 1941.
A ofensiva japonesa danificou ou destruiu 21 navios e 347 aviões, matando cerca de 2403 pessoas e ferindo outras 1178. Contudo, os três porta-aviões da frota do Pacífico não se encontravam no porto, pelo que não foram danificados, tal como os depósitos de combustível e outras instalações.

O ataque marcou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra do Pacífico, ficando conhecido como Bombardeamento de Pearl Harbor e Batalha de Pearl Harbor, embora o nome mais comum seja Ataque a Pearl Harbor ou simplesmente Pearl Harbor.

PREPARAÇÃO JAPONESA
Isoroku Yamamoto, o comandante-em-chefe da Marinha Imperial, foi um forte advogado da solução diplomática para o conflito. Mas sabia que os partidários da via militar, cujo maior expoente na marinha era o Almirante Osami Nagano, chefe do Estado Maior naval, estavam cada vez mais perto de conseguir empurrar o país para a guerra. Então tratou de elaborar o melhor plano possível para uma situação estratégica que julgava difícil.

Na época, era considerada a possibilidade de atrair a frota americana para água territoriais Japonesas, conseguindo uma vitória nos moldes da Batalha de Tsushima. Yamamoto sabia que os planos americanos (primeiro “Orange” e depois “Rainbow Five”) para guerra com Japão não previam ataque imediato ao coração do Império, mas uma paulatina aproximação via Ilhas Marshall, Carolinas e Marianas. Isso levaria a uma guerra longa, onde a capacidade fabril da indústria bélica dos EUA iria prevalecer.

Yamamoto precisava de uma solução rápida, de preferência num único golpe decisivo, que levasse a negociações de paz em termos favoráveis.

O Japão tinha ficado impressionado com a Operação Judgement (Batalha de Tarento) do Almirante Andrew Cunningham, onde 20 aviões Fairey Swordfish quase obsoletos lançados a partir de uma frota de porta-aviões destruiu e desativou metade da frota de combate italiana e forçou uma retirada da frota italiana da África. O Almirante Isoroku Yamamoto enviou uma delegação naval à Itália, a qual concluiu que uma versão melhorada e maior da manobra brilhante de Cunningham poderia obrigar a frota estado-unidense a retirar-se para a base naval da Califórnia, dando assim um tempo estimado por Yamamoto de seis meses para o Japão controlarem as reservas de petróleo nas Índias Holandesas, com uma força defensiva em seu redor.

Adicionalmente, os estrategas japoneses poderiam ter sido influenciados pelas ações do Almirante estadunidense Harry Yarnell no exercício de 1932 entre o Exército e a Marinha dos EUA, que assumia a possibilidade de uma invasão no Hawaii. Yarnell, com o papel de Comandante de uma frota de ataque, navegou com os seus porta-aviões até nordeste de Oahu em mau tempo, e lançou um “ataque” de hidro-aviões no domingo de 7 de Fevereiro de 1932. Os observadores do exercício notaram que os aviões de Yarnell conseguiram provocar sérios danos aos defensores, e que a sua frota conseguiu não ser detectada até 24 horas após o ataque. A doutrina da Marinha americana que acreditava que quaisquer forças de ataques seriam confrontadas e destruídas pela frota de couraçados estadunidense em Pearl Harbor, até então via a estratégia de Yarnell como impraticável na realidade.

Yamamoto começou a considerar tal ataque no início de 1941 como uma batalha pré-guerra, tendo sido chegado à conclusão que uma guerra com os EUA seria inevitável após a entrega do ultimato dos Estados Unidos ao governo japonês, e após pressionar o quartel-general naval conseguiu permissão para começar formalmente a planejar um ataque e iniciar o treino necessário. Os eventos no verão desse ano deram origem a uma autorização preliminar para o planejamento do ataque na Conferência Imperial e mais tarde a autorização para o ataque foi dada numa outra Conferência Imperial em inícios de Novembro.

A 26 de Novembro de 1941, uma frota incluindo seis porta-aviões, comandados pelo vice-almirante Chuichi Nagumo, deixou a baía de Hitokappu, nas Ilhas Kurilas e seguiu para Pearl Harbor sob um silêncio restrito, no qual todas comunicações via rádio entre as embarcações da própria frota e o Japão estavam proibidas.

Os porta-aviões japoneses utilizados no ataque foram: Akagi, Hiryu, Kaga, Shokaku, Soryu e Zuikaku. Juntos, perfaziam um total de 441 aviões, incluindo caças Zero, bombardeiros-torpedo Nakajima Tipo 97 “Kate” e bombardeiros-de-mergulho Aichi Tipo 99 “Val”. A frota japonesa e o seu grupo aéreo eram maiores que qualquer outra força de porta-aviões anterior. Acompanhavam também a frota oito reabastecedores de esquadra. Em adição, a Força Avançada Expedicionária incluía 20 submarinos e cinco mini-submarinos; esta força tinha como objetivo recolher informação e afundar quaisquer navios estado-unidenses que tentassem fugir de Pearl Harbor durante o ataque aéreo.

O ATAQUE
Os primeiros tiros disparados e as primeiras mortes em Pearl Harbor ocorreram quando o USS Ward atacou e afundou um mini-submarino japonês às 6h37min (hora local). Existiam cinco mini-submarinos classe Ko-hyoteki, com o objectivo de entrar no porto e destruir os navios dos EUA utilizando torpedos. Nenhum dos submarinos conseguiu voltar a salvo e apenas quatro dos cinco foram encontrados desde o ataque. Dos dez marinheiros a bordo dos cinco submarinos, nove morreram e o único sobrevivente, Kazuo Sakamaki, foi capturado, tornando-se o primeiro prisioneiro de guerra capturado pelos estado-unidenses na Segunda Guerra Mundial.

Fotografias recentes analisadas pelo Instituto Naval dos Estados Unidos indicaram que um mini-submarino conseguiu entrar no porto e disparar um torpedo com sucesso contra o USS West Virginia. A posição final deste mini-submarino é desconhecida.
Na manhã do ataque, um novo radar instalado apenas uns dias antes do ataque indicou a presença dos aviões japoneses, mas o aviso foi confundido com a chegada prevista de um grupo de aviões dos EUA.

Alguns aviões estado-unidenses foram abatidos à medida que a força de ataque se aproximava. Mas todos os avisos encontravam-se à espera de confirmação quando o ataque começou.

O ataque começou às 7h53min (hora local) de 7 de dezembro, que no horário de Tóquio correspondia às 3h23min de 8 de dezembro. Os aviões japoneses atacaram em duas vagas, nas quais 353 aviões chegaram a Oahu. A primeira vaga foi liderada por 186 torpedeiros-bombardeiros vulneráveis, aproveitando os primeiros momentos de surpresa atacando os navios no porto enquanto bombardeiros-de-mergulho atacavam as bases aéreas ao longo de Oahu, começando pelo campo aéreo Hickam, o maior, e o campo aéreo Wheeler, a principal base de caças. A segunda vaga de 168 aviões atacou o campo Bellows e a ilha Ford, uma base aérea naval e marinha no meio de Pearl Harbor. A única força de oposição veio de alguns P-36s e P-40s e de fogo antiaéreo naval.

Um caça Mitsubishi A6M Zero da Marinha Imperial Japonesa no porta-aviões Akagi – Foto: Reprodução

PERDAS DA MARINHA IMPERIAL JAPONESA
Dos 441 aviões das duas vagas, 29 (nove na primeira vaga e outros 20 na segunda vaga) foram abatidos durante a batalha, e outros 74 aviões foram danificados por fogo antiaéreo. Mais de 20 que aterraram em segurança nos seus porta-aviões encontravam-se irreparáveis.
Dos aviões que não retornaram, 15 eram bombardeiros de mergulho ou de nível, 5 aviões torpedeiros e 9 caças de escolta.

Dos cinco mini-submarinos que participaram da operação, 4 foram destruídos, e o quinto encalhou num recife, sendo seu capitão capturado. Nenhum logrou causar quaisquer danos ao inimigo. Um submarino convencional da classe “I” também acabou destruído.

USS Pennsylvania, por trás dos destroços do USS Downes e do USS Cassin – Foto: National Archives

PERDAS DAS FORÇAS ARMADAS DOS EUA
Os relatórios oficiais norte estadounidenses enumeram os seguintes danos sofridos:[9]
.O encouraçado Arizona explodiu, levando mais de 1000 vidas

.O encouraçado Oklahoma emborcou, deixando apenas pequena parte do casco acima da linha de água

.O encouraçado California afundou, ficando parte das suas bateriais principais acima da linha de água

.O encouraçado Nevada encalhou, sofrendo danos severos

.O encouraçado West Virginia afundou

.O encouraçado Maryland sofreu danos moderados, sem necessidade de reparos em doca seca

.O encouraçado Tennessee sofreu danos moderados, exceto na ponte de comando, onde os danos foram severos

.O encouraçado Pennsylvania, atingido nas docas secas, sofreu danos sérios, porém não de natureza vital

.O encouraçado Utah, usado como navio alvo, emborcou

.Os cruzadores Leves Releigh, Helena e Honolulu foram danificados moderadamente

.Os contratorpedeiros Cassin, Downess e Shaw foram seriamente danificados

.O navio de reparos Vestal foi intencionalmente encalhado para prevenir afundamento

.O porta-hidroaviões Curtiss foi severamente danificado por choque com um avião e por uma bomba de 500 kg

.O lança-minas Oglala emborcou.

.O exército e a marinha dos EUA tiveram 188 aviões destruídos e 159 severamente danificados. Morreram 2403 americanos, e outros 1178 foram feridos.

Memorial do USS Arizona onde 1177 morreram. Foto: Reprodução National Park Service

SIGNIFICADO HISTÓRICO
O ataque a Pearl Harbor teve apenas um pequeno impacto militar devido ao insucesso da Marinha Imperial Japonesa no seu objectivo de afundar os porta-aviões. Mas mesmo que estes tivessem sido afundados, o Japão poderia não ter ficado ainda assim, muito beneficiado, a longo termo. O ataque firmemente apontou os Estados Unidos e a sua massiva economia industrial para a Segunda Guerra Mundial, conduzindo à derrota mundial das forças do Eixo.

O primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill, ao ter conhecimento que o ataque a Pearl Harbor tinha finalmente feito os EUA entrar na guerra, escreveu: “Estando saturado e satisfeito de emoção e sensação, fui para a cama e dormi o sono dos salvos e agradecidos”. (Winston Churchill, The Second World War, vol. 3, p. 539) A vitória aliada nesta guerra conduziu a que os EUA emergissem como uma potência mundial.

Em termos de história militar, o ataque tornou os porta-aviões como o centro do poder naval, substituindo o couraçado como o navio mais poderoso da frota naval. Contudo, só mais tarde, noutras batalhas, é que o porta-aviões tornou-se nesse centro de poder.

A realidade para as telas do cinema
Pearl Harbor é um filme de drama e guerra biográfico americano de 2001, produzido por Jerry Bruckheimer, dirigido por Michael Bay e distribuído pela Touchstone e Buena Vista. Conta o que aconteceu em Pearl Harbor no dia 7 de dezembro de 1941, um ato que chocou o mundo e afetou milhares de pessoas, colocando definitivamente os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

Direção de Michael Bay com Ben Affleck, Josh Hartnett, Kate Beckinsale, Cuba Gooding Jr.,Jon Voight, Alec Baldwin e Jennifer Garner. Foto: Divulgação

Foi lançado no Memorial Day de 2001, feriado norte-americano para lembrar aqueles que morreram em serviço militar por seu país.

Veja o trailer

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Juliana Marins, brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia, é encontrada morta

Neste 4º dia de buscas, a equipe de resgate chegou a montar um acampamento avançado perto de onde ela estava no parque nacional.

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Foto: Arquivo pessoal

Juliana Marins, a brasileira de 26 anos que no sábado (21) caiu em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, foi encontrada morta. A informação foi compartilhada pela família no fim da manhã desta terça-feira (24), 4º dia de buscas.

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido.”

Mais cedo, os socorristas chegaram a montar um acampamento avançado perto de onde ela estava no parque nacional. O g1 mostrou que o time de socorristas teve de descer o equivalente a um Corcovado pela encosta íngreme para chegar até a jovem.

Nesta segunda (23), um drone operado por resgatistas chegou até a jovem, que estava imóvel e a 500 metros penhasco abaixo.

Na retomada dos trabalhos, nesta terça, Juliana estava ainda mais abaixo, a cerca de 650 metros da trilha.

O passeio
Natural de Niterói (RJ), Juliana era formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ e atuava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia e já havia visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

Na Ilha de Lombok, vizinha a Bali, fica o Monte Rinjani, vulcão ainda ativo que se eleva a 3.721 metros de altitude. Ao redor dele fica um lago. A paisagem atrai muitos turistas de aventura todos os anos, mas exige preparo — é necessário pernoitar no caminho — e fôlego, pois o ar em grande parte do percurso é rarefeito.

Denúncia de abandono
O acidente ocorreu na madrugada de sábado (21) na Indonésia, meio da tarde de sexta (20) no Brasil. Juliana e mais 6 turistas pegaram a trilha, auxiliados por 2 guias, segundo as autoridades do parque.

A queda foi por volta das 4h de sábado, 13h de sexta no Brasil.

A família de Juliana afirma que ela foi abandonada pelo guia por mais de 1 hora antes de sofrer o acidente. “A gente descobriu isso em contato com pessoas que trabalham no parque. Juliana estava nesse grupo, porém ficou muito cansada e pediu para parar um pouco. Eles seguiram em frente, e o guia não ficou com ela”, disse a irmã, Mariana, em entrevista ao Fantástico.

Segundo informações do parque, Juliana teria entrado em desespero. “Ela não sabia para onde ir, não sabia o que fazer. Quando o guia voltou, porque viu que ela estava demorando muito, ele viu que ela tinha caído lá embaixo”, relata a irmã da brasileira.

Em entrevista ao jornal “O Globo”, o guia Ali Musthofa, de 20 anos, confirmou os relatos da imprensa local de que aconselhou a niteroiense a descansar enquanto seguia andando, mas afirmou que o combinado era apenas esperá-la um pouco mais à frente da caminhada.

Segundo Ali, que atua na região desde novembro de 2023 e costuma subir o Rinjani 2 vezes por semana, ele ficou apenas “3 minutos” à frente de Juliana e voltou para procurá-la ao estranhar a demora da brasileira para chegar ao ponto de encontro.

“Na verdade, eu não a deixei, mas esperei 3 minutos na frente dela. Depois de uns 15 ou 30 minutos, a Juliana não apareceu. Procurei por ela no último local de descanso, mas não a encontrei. Eu disse que a esperaria à frente. Eu disse para ela descansar. Percebi [que ela havia caído] quando vi a luz de uma lanterna em um barranco a uns 150 metros de profundidade e ouvi a voz da Juliana pedindo socorro. Eu disse que iria ajudá-la. Tentei desesperadamente dizer a Juliana para esperar por ajuda”, declarou.

Já com o dia claro, turistas fizeram imagens de Juliana com um drone. Ela estava a 200 metros montanha abaixo — e foram última vez que ela foi vista com vida. Esse registro correu o mundo e chegou até a família da niteroiense, que a reconheceu pelas roupas.

Começava ali uma campanha pelo resgate dela.

Imagens falsas deram esperança
Ainda no sábado, autoridades indonésias e até a Embaixada do Brasil em Jacarta informaram que montanhistas tinham conseguido descer até Juliana e dado comida e água à jovem. Um vídeo do suposto socorro chegou a circular.

No domingo, porém, a família descobriu que tudo era mentira — e que Juliana passava fome, sede e frio.

“Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade”, afirmou Mariana na ocasião. A irmã também denunciou que vídeos divulgados como sendo do momento do resgate foram forjados.

O embaixador do Brasil na Indonésia admitiu, em ligação registrada pelo Fantástico, que repassou informações incorretas no início, com base em relatos imprecisos das autoridades locais.

As condições severas do tempo, com oscilações bruscas em poucas horas, o terreno instável e a distância até o ponto da queda dificultaram o socorro.

Somente nesta terça, com a instalação da base avançada, os trabalhos entraram pela noite na Indonésia.

Fonte: https://g1.globo.com/

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Invasão da Normandia completa hoje 81 anos. 06 de junho de 1944

A Batalha da Normandia, cujo nome de código era Operação Overlord, ficou conhecida historicamente como Dia D.

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Fotos: Robert F. Sargent e Reprodução

A Batalha da Normandia, cujo nome de código era Operação Overlord, e conhecida historicamente como Dia D, foi a invasão das forças dos Estados Unidos, Reino Unido, França Livre e aliados na França ocupada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial em 1944. Foi uma decisão política para manter a liberdade na Europa, ocorrida depois da derrota alemã para o Exército Vermelho, na famosa Batalha de Stalingrado. Setenta e nove anos mais tarde, a invasão da Normandia continua sendo a maior invasão marítima da história, com quase três milhões de soldados a terem cruzado o Canal da Mancha, partindo de vários portos e campos de aviação na Inglaterra, com destino à Normandia, na França ocupada.

Os primeiros planos da invasão aliada a França começaram a ser discutidos num encontro de Winston Churchill com o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt em Casablanca, em Janeiro de 1943.

Em Dezembro de 1943, o general norte-americano Dwight Eisenhower(foto abaixo) é nomeado comandante supremo da Força Expedicionária Aliada.

A invasão da Normandia começou com a chegada de paraquedistas na noite anterior, e com maciços bombardeios aéreos e navais, bem como com um assalto anfíbio bem cedo, na parte da manhã. Os exércitos, divididos com suas tarefas, tinham, como objetivo, as praias de codinome Omaha e Utah para os americanos; e Juno, Gold e Sword para os anglo-canadenses. Do mar, 1 240 navios de guerra abriram as baterias contra as linhas de defesa. Do céu, caíam toneladas de bombas dos dez mil aviões que participavam da operação.

Naquela data, 155 mil homens dos exércitos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá lançaram-se nas praias da Normandia(foto principal), região francesa situada nas costas do Canal da Mancha, dando início à liberação da Europa.

A vitória definitiva começou neste dia, o famoso Dia D. A França estava ocupada pelos nazistas desde 1940 e a invasão da Normandia visava à liberação do território francês do domínio alemão, feito que somente foi alcançado definitivamente no dia 25 de agosto daquele ano.

FILME ÉPICO
Cinematograficamente, a invasão da Normandia pode ser vista na abertura do filme “O Resgate do Soldado Ryan” de 1998, dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Tom Hanks, Matt Damon, Vin Diesel, Tom Sizemore e Edward Burns. (foto abaixo)

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Robert Francis Prevost é o novo papa e escolhe o nome Leão XIV

Próximo de Francisco, Prevost, de 69 anos, é o 1º papa nascido nos EUA e com cidadania peruana.

Publicado

em

Fotos: Dylan Martinez/Reuters, Reprodução e AP Foto/Bernat Armangue

O cardeal dos Estados Unidos Robert Francis Prevost é o novo papa e escolheu o nome de Leão XIV para liderar a Igreja Católica.

Ele tem 69 anos, é agostiniano, considerado progressista e próximo de Francisco.

O novo papa, anunciado nesta quinta-feira (8), também tem cidadania peruana, adquirida após anos de missão no país, onde foi nomeado bispo em 2015.

Após ser anunciado pelo cardeal Dominique Mamberti, Leão XIV apareceu na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, e fez seu primeiro discurso como papa. Ele falou de paz e defendeu uma Igreja Católica missionária:

“A paz esteja com todos vocês. Esta é a primeira saudação do Cristo ressuscitado. Eu também gostaria que essa saudação de paz entrasse no coração de vocês”, disse Prevost em sua primeira fala como papa Leão XIV.

Leão XIV também sinalizou que pretende dar continuidade ao legado de Francisco:

“Queremos ser uma igreja sinodal, que avança, que busca sempre a paz, a caridade, sempre estar próxima, principalmente daqueles que sofrem”.

Prevost é o primeiro papa da história da Igreja Católica nascido nos Estados Unidos — um país de maioria protestante. Ele já criticou políticas do governo de Donald Trump.

Os desafios de Leão XIV
Durante seu discurso, Prevost enfatizou a importância da paz.

Antes do conclave, o Vaticano informou que os cardeais desejavam escolher um papa que desse continuidade às reformas de Francisco.

Leão XIV assume o comando da Igreja Católica em um momento de queda no número de fiéis e após um papado de grande popularidade com Francisco.

Ele também terá de lidar com um cenário internacional instável, marcado por guerras e tensões geopolíticas.

Durante o papado anterior, a Igreja ampliou seu papel diplomático e atuou como mediadora em conflitos, como a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Antes do conclave, o Vaticano informou que os cardeais desejavam escolher um papa que desse continuidade às reformas de Francisco.

Nascido em Chicago, Prevost construiu sua carreira eclesiástica no Peru, onde adquiriu a nacionalidade, e agradeceu, em espanhol, à Diocese do país latino-americano em seu discurso.

Foi a primeira vez que um papa falou em outro idioma além do italiano no discurso inaugural.

No discurso inaugural, Leão XIV também agradeceu ao antecessor:

“Obrigado, papa Francisco”.

Fonte: https://g1.globo.com/

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